O nosso primeiro, Zé Chócrates, anunciou recentemente a construção, pelos nuestros hermanos da Iberdrola, de quatro barragens para aproveitar hidroelectricamente o Alto Tâmega, as quais vão criar 3 500 empregos directos e 10 000 indirectos.
Ora como havia a ideia que uma barragem fornece muita energia eléctrica e poucos empregos, muito boa gente está intrigada com os propalados 3500 empregos directos, ou seja, 875 por barragem. Assim, e para tirar a limpo as contas que aparecem por aqui e por ali, o Chocrático consultou o gabinete de Zé Chócrates que lhe forneceu os números correctos, os quais se baseiam na organização seguida habitualmente nos serviços públicos:
12 técnicos para operação da barragem (4 para cada um dos 3 turnos)
12 técnicos para manutenção dos equipamentos (4 por turno)
3 técnicos para apoio informático (1 por turno)
3 recepcionistas (1 por turno)
3 funcionários do bar (1 por turno)
3 funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de operação (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de manutenção (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal de apoio informático (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal recepcionista (1 por turno)
3 chefes de secção dos funcionários do bar (1 por turno)
3 chefes de secção das funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal do secretariado (1 por turno)
3 chefes de secção dos motoristas (1 por turno)
24 secretárias (1 por cada chefe de secção)
24 motoristas (1 por cada chefe de secção)
8 chefes de divisão (um para cada uma das secções)
8 secretárias (1 por cada chefe de divisão)
8 motoristas (1 por cada chefe de divisão)
1 director da área técnica
1 director da área administrativa
2 secretárias (1 por cada director de área)
2 motoristas (1 por cada director de área)
8 administradores com funções executivas
8 administradores com funções não executivas
16 secretárias (1 por cada administrador)
16 motoristas (1 por cada administrador)
1 presidente do conselho de administração
2 secretárias (para o presidente do conselho de administração)
2 motoristas (para o presidente do conselho de administração)
609 consultores nas mais diversas áreas – ambiental, dos recursos hídricos, da energia, dos recursos humanos, jurídica, camarária, das relações luso-espanholas, etc. – até porque é necessário dar emprego a familiares de todas as pessoas que tiveram intervenção no projecto, nas decisões (com ou sem tios e primos à mistura…) e na construção da barragem.
Total: 800
Os restantes 75 são, além dos projectistas, o pessoal de direcção da obra - engenheiros, encarregados, capatazes e fiscais – já que o pessoal que vai mesmo meter “a mão na massa” (pedreiros, serventes e outros) não pode ser contabilizado porque será o do costume: moldavos, ucranianos e afins que estão ilegais em Portugal e a quem os subempreiteiros irão dar trabalho por alguns cêntimos ao dia…
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