As notícias que surgiram ontem na comunicação social, que relatavam que o Fisco deixou prescrever 3,7 milhões de euros de correcções feitas pela Inspecção-geral de Finanças à banca, fizeram o Chocrático lembrar-se de uma outra que circulou a semana passada, esta contando que o mesmo Fisco multou 120 mil reformados por não terem entregue a declaração de IRS referente a 2007, apesar de em muitos casos nem sequer terem IRS a pagar. Ou seja, estando a desaparecer o milho no seu celeiro, o nosso amado Fisco anda atrás das formigas e deixa os ratos à solta.
Vá-se lá saber porquê, estas duas notícias fizeram o Chocrático lembrar-se de um velho colega da escola, conhecido por Teixeirinha, que era conhecido por bater e roubar o lanche aos rapazitos mais enfezados do 1º ano, mas quando aparecia um miúdo do seu tamanho, era ver o Teixeirinha a fugir com o rabo entre as pernas, a clamar por todos os Santos…
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Lá bem longe...
Temos aí uma campanha institucional para eleger as “7 maravilhas de origem portuguesa no mundo”, em que uma das frases-chave é: “se tivéssemos ido à Lua não tínhamos lá deixado apenas umas pegadas”. O Chocrático concorda plenamente, pois se os portugueses tivessem ido à Lua, não só deixariam lá umas pegadas mas, entre outro lixo, algumas latas de Coca-cola, pacotes vazios de Cheetos e de batatas fritas, várias pontas de cigarro e cacos de garrafas de cerveja…
Mas, como esta eleição diz respeito a património que os portugueses deixaram noutros países e até noutros continentes, o Chocrático não pode deixar de sugerir que, para dar continuidade a este empreendorismo, os políticos portugueses se ponham a andar do nosso país, espalhando-se pelas zonas mais remotas do planeta…
PS: aproveitando a ocasião até podiam levar o excelso Vítor Constâncio e deixá-lo no Pólo Sul, onde daria continuidade ao seu excelente trabalho como supervisor, agora da economia dos pinguins-imperador…
Mas, como esta eleição diz respeito a património que os portugueses deixaram noutros países e até noutros continentes, o Chocrático não pode deixar de sugerir que, para dar continuidade a este empreendorismo, os políticos portugueses se ponham a andar do nosso país, espalhando-se pelas zonas mais remotas do planeta…
PS: aproveitando a ocasião até podiam levar o excelso Vítor Constâncio e deixá-lo no Pólo Sul, onde daria continuidade ao seu excelente trabalho como supervisor, agora da economia dos pinguins-imperador…
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Objectivamente
O Governo também quer avaliar os médicos com base no cumprimento de objectivos. Depois dos professores, dos funcionários públicos e das (muitas) empresas privadas, agora só falta é avaliar os ministros, incluindo o primeiro. E o Chocrático tem uma leve impressão que se a aldrabice, o favorecimento político e a produção de lugares para os “boys“ não forem considerados objectivos, então muita dessa gentinha só pode ser avaliada com uma nota mais que negativa…
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Em boa companhia
O Governo quer criar em Lisboa e no Porto e seus acessos, faixas de tráfego para os automóveis com mais que um ocupante. Ou seja, pretende-se aplicar uma solução que dá bons resultados nos Estados Unidos, país que tem muitas cidades com vias de tráfego reduzidas e ruas estreitinhas. Em face desta ideia peregrina, o Chocrático pôs-se a pensar: em Lisboa - e já não falando na imensidão de ruas de sentido único - temos muitas vias com apenas uma faixa para cada sentido, algumas com duas faixas e muito poucas com três faixas para cada sentido do tráfego. Ora se já existe uma faixa reservada para o corredor BUS (também é utilizada por muita gente que não sabe ler) e outra faixa reservada para os cavalheiros e cavalheiras que estacionam em 2ª fila, se agora passa a haver uma faixa reservada para quem “utiliza melhor o automóvel”, parece que ao condutor que se aventure a andar sozinho no seu carrito resta apenas circular pelos passeios, em alegre convivência com os peões, o que até não seria muito mau não se desse o caso desses mesmos passeios também servirem de estacionamento.
Com tantas dificuldades, só os corajosos se irão aventurar a vir de carro sozinhos para Lisboa, mas era por já esperar uma coisa destas que o Chocrático, em tempos, tinha comprado umas bonecas insufláveis – uma delas até parece mesmo a Pamela Anderson a fazer boquinha – que, agora, vão começar a andar com ele no carro. Mas vestidas com alguma roupinha, claro…
PS: é precisamente para utilizar melhor o automóvel que, a partir de agora, quando Zé Chócrates e seus ministros, secretários de estado, assessores e a pandilha do costume for a uma inauguração, vão todos no mesmo autocarro, em vez de ir cada um no seu “popó”.
Com tantas dificuldades, só os corajosos se irão aventurar a vir de carro sozinhos para Lisboa, mas era por já esperar uma coisa destas que o Chocrático, em tempos, tinha comprado umas bonecas insufláveis – uma delas até parece mesmo a Pamela Anderson a fazer boquinha – que, agora, vão começar a andar com ele no carro. Mas vestidas com alguma roupinha, claro…
PS: é precisamente para utilizar melhor o automóvel que, a partir de agora, quando Zé Chócrates e seus ministros, secretários de estado, assessores e a pandilha do costume for a uma inauguração, vão todos no mesmo autocarro, em vez de ir cada um no seu “popó”.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Emprego para todos
O nosso primeiro, Zé Chócrates, anunciou recentemente a construção, pelos nuestros hermanos da Iberdrola, de quatro barragens para aproveitar hidroelectricamente o Alto Tâmega, as quais vão criar 3 500 empregos directos e 10 000 indirectos.
Ora como havia a ideia que uma barragem fornece muita energia eléctrica e poucos empregos, muito boa gente está intrigada com os propalados 3500 empregos directos, ou seja, 875 por barragem. Assim, e para tirar a limpo as contas que aparecem por aqui e por ali, o Chocrático consultou o gabinete de Zé Chócrates que lhe forneceu os números correctos, os quais se baseiam na organização seguida habitualmente nos serviços públicos:
12 técnicos para operação da barragem (4 para cada um dos 3 turnos)
12 técnicos para manutenção dos equipamentos (4 por turno)
3 técnicos para apoio informático (1 por turno)
3 recepcionistas (1 por turno)
3 funcionários do bar (1 por turno)
3 funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de operação (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de manutenção (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal de apoio informático (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal recepcionista (1 por turno)
3 chefes de secção dos funcionários do bar (1 por turno)
3 chefes de secção das funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal do secretariado (1 por turno)
3 chefes de secção dos motoristas (1 por turno)
24 secretárias (1 por cada chefe de secção)
24 motoristas (1 por cada chefe de secção)
8 chefes de divisão (um para cada uma das secções)
8 secretárias (1 por cada chefe de divisão)
8 motoristas (1 por cada chefe de divisão)
1 director da área técnica
1 director da área administrativa
2 secretárias (1 por cada director de área)
2 motoristas (1 por cada director de área)
8 administradores com funções executivas
8 administradores com funções não executivas
16 secretárias (1 por cada administrador)
16 motoristas (1 por cada administrador)
1 presidente do conselho de administração
2 secretárias (para o presidente do conselho de administração)
2 motoristas (para o presidente do conselho de administração)
609 consultores nas mais diversas áreas – ambiental, dos recursos hídricos, da energia, dos recursos humanos, jurídica, camarária, das relações luso-espanholas, etc. – até porque é necessário dar emprego a familiares de todas as pessoas que tiveram intervenção no projecto, nas decisões (com ou sem tios e primos à mistura…) e na construção da barragem.
Total: 800
Os restantes 75 são, além dos projectistas, o pessoal de direcção da obra - engenheiros, encarregados, capatazes e fiscais – já que o pessoal que vai mesmo meter “a mão na massa” (pedreiros, serventes e outros) não pode ser contabilizado porque será o do costume: moldavos, ucranianos e afins que estão ilegais em Portugal e a quem os subempreiteiros irão dar trabalho por alguns cêntimos ao dia…
Ora como havia a ideia que uma barragem fornece muita energia eléctrica e poucos empregos, muito boa gente está intrigada com os propalados 3500 empregos directos, ou seja, 875 por barragem. Assim, e para tirar a limpo as contas que aparecem por aqui e por ali, o Chocrático consultou o gabinete de Zé Chócrates que lhe forneceu os números correctos, os quais se baseiam na organização seguida habitualmente nos serviços públicos:
12 técnicos para operação da barragem (4 para cada um dos 3 turnos)
12 técnicos para manutenção dos equipamentos (4 por turno)
3 técnicos para apoio informático (1 por turno)
3 recepcionistas (1 por turno)
3 funcionários do bar (1 por turno)
3 funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de operação (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal técnico de manutenção (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal de apoio informático (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal recepcionista (1 por turno)
3 chefes de secção dos funcionários do bar (1 por turno)
3 chefes de secção das funcionárias da limpeza (1 por turno)
3 chefes de secção do pessoal do secretariado (1 por turno)
3 chefes de secção dos motoristas (1 por turno)
24 secretárias (1 por cada chefe de secção)
24 motoristas (1 por cada chefe de secção)
8 chefes de divisão (um para cada uma das secções)
8 secretárias (1 por cada chefe de divisão)
8 motoristas (1 por cada chefe de divisão)
1 director da área técnica
1 director da área administrativa
2 secretárias (1 por cada director de área)
2 motoristas (1 por cada director de área)
8 administradores com funções executivas
8 administradores com funções não executivas
16 secretárias (1 por cada administrador)
16 motoristas (1 por cada administrador)
1 presidente do conselho de administração
2 secretárias (para o presidente do conselho de administração)
2 motoristas (para o presidente do conselho de administração)
609 consultores nas mais diversas áreas – ambiental, dos recursos hídricos, da energia, dos recursos humanos, jurídica, camarária, das relações luso-espanholas, etc. – até porque é necessário dar emprego a familiares de todas as pessoas que tiveram intervenção no projecto, nas decisões (com ou sem tios e primos à mistura…) e na construção da barragem.
Total: 800
Os restantes 75 são, além dos projectistas, o pessoal de direcção da obra - engenheiros, encarregados, capatazes e fiscais – já que o pessoal que vai mesmo meter “a mão na massa” (pedreiros, serventes e outros) não pode ser contabilizado porque será o do costume: moldavos, ucranianos e afins que estão ilegais em Portugal e a quem os subempreiteiros irão dar trabalho por alguns cêntimos ao dia…
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Proxeneta filósofo
Ultimamente o Chocrático tem andado pela noite, onde tem conhecido alguns "cromos" interessantes.
Uma noite destas e a propósito do aumento de vencimento atribuído a Armando Vara já depois deste abandonar a Caixa Geral de Depósitos para ingressar no BCP, dizia ao Chocrático um daqueles cavalheiros que tem a seu cargo (ou seja, que explora) algumas senhoras que se encontram no Intendente a vender o corpo para sexo de ocasião: “Vendo bem, eu e os meus colegas até somos uns meninos de coro que ainda temos muito com aprender com esta gentalha que gira em torno da esfera política. E nós é que somos os chulos…”
Uma noite destas e a propósito do aumento de vencimento atribuído a Armando Vara já depois deste abandonar a Caixa Geral de Depósitos para ingressar no BCP, dizia ao Chocrático um daqueles cavalheiros que tem a seu cargo (ou seja, que explora) algumas senhoras que se encontram no Intendente a vender o corpo para sexo de ocasião: “Vendo bem, eu e os meus colegas até somos uns meninos de coro que ainda temos muito com aprender com esta gentalha que gira em torno da esfera política. E nós é que somos os chulos…”
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